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domingo, 20 de setembro de 2009
Proposta para CHUTE ativar ÁGORA no Bixiga espaço público
teatro dulcina no RJ
O CHUTE é encontro artístico para conscientização de corpos‐espaços abandonados e mal administrados. Praças, teatros, cinemas, terrenos, ruas etc. Propondo a renovação já na ação de ocupação.
RJ
O CHUTE como ocupação artística nasceu no Rio de Janeiro, na Cinelândia, parida dia 20 de julho de 2008. A ponta do iceberg era reunir artistas e mobilizar o público aos domingos para ‘apresentações’, um encontro que representava a conscientização dos artistas e do público para o abandono e administração equivocada do Teatro Dulcina, teatro na Cinelândia com importância histórica de nível nacional.
O Movimento Dulcynelândia vem lutando pela reabertura do Teatro Dulcina desde o inicio do ano 2008, e realizou, periodicamente, no segundo semestre o CHUTE na porta do teatro para explanar sua situação de abandono (veja em www.movimentodulcynelandia.blogspot.com).
RJ
Assim o Movimento Dulcynelandia, na ação do CHUTE, que evoca também a presença dos órgãos responsáveis pela administração de espaços como o Dulcina (FUNARTE), com a participação dos artistas e do público, descobriu no CHUTE uma forma de comunicação entre artistas que possam se encontrar com sua arte, além de reunir público, fazendo com que artistas e público fiquem interados, e entrosados, para poder tomarem partido perante as situações de espaços fechados e abandonados ou mal administrados em nossas cidades.
O Movimento Dulcynelândia, na continuidade dos trabalhos e das descobertas feitas no ano de 2008, se divide. Afim de criar um teatro móvel na linguagem do grupo, uma parte vai para São Paulo para buscar uma experiência de teatro fora do Rio de Janeiro, outra fica no Rio para continuar ajudando na luta pelo Teatro Dulcina, para uma contínua presença física dos CHUTES na porta do teatro. Em São Paulo dois CHUTES já foram realizados em março desse ano, dentro da programação da
3ª Revirada Cultural. O 9º CHUTE aconteceu no Espaço Fluxus de Cultura, ocupação de um antigo canil abandonado na ECA‐USP, transformado em espaço cultural pelos estudantes. E o 10º CHUTE aconteceu no Teatro Oficina, dentro da programação do Festival Outono Oficina.
RJ
Esta ação será realizado porque o Bixiga atualmente passa por um processo de abandono imenso. Desativação de espaços, para especulação imobiliária, provendo a expulsão de seus moradores para criação de uma só frente de ocupação, a de empresas, centros comerciais. Mas não podemos esquecer que a vocação do Bixiga, historicamente, é também de ocupação popular, de produção artística, artesanal, improvisada. Além de apresentar entretenimento gratuito, o evento se propõe a abrir uma ágora para a troca de propostas e visões diferentes para reutilização destes espaços, ao mesmo tempo em que acontecem performances, peças e shows.
Potencializando o que é produzido pelo espontâneo revelado na RUA, com a necessidade e a coragem artística da troca na RUA. Onde artistas praticam seus experimentos, trabalhos, produções independentes, com um público que não tem
acesso fácil a teatros, casas de shows, cinemas, galerias e etc. Esta ação não se limita ao dia do evento, mas ao processo, a vivência, está presente nas ações de todo o mês, nos momentos de criação, produção e execução do que se chama de teatro, cinema, música, artes visuais, etc. Esta realização pode promover a fixação dos moradores atuais e antigos do bairro.
O apoio da FUNARTE através do Prêmio Artes Cênicas na Rua, tornará essa ação, que começou livre e espontânea em prol da cultura e de um espaço fechado, o CHUTE, em uma ferramenta social ligada ao governo que possibilite os artistas se interarem e intervirem diretamente em espaços esquecidos das cidades. Acreditando e afirmando o poder da cultura como lugar de vazão e criação, tanto do público como dos artistas envolvidos.
Em parceria com o Ponto de Cultura Movimento Bixigão, os artistas e agentes da região se utilizarão do espaço físico, das ferramentas de trabalho, e das idéias desenvolvidos no Ponto de Cultura, para prepararem, em coletivo, obras e produções a serem apresentados no dia do CHUTE.
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